O poder do povo funciona! Vamos organizar-nos para a ação climática

Quando são necessárias medidas, é preciso ir para as ruas manifestar-se. Ao longo da história, os protestos e marchas de grupo têm acelerado grandes mudanças e isso continua a verificar-se nos tempos modernos. A marcha de Martin Luther King até ao Lincoln Memorial e o discurso “Eu tenho um sonho” deram início à legislação dos direitos civis. Um milhão de pessoas ocupava a Praça de Tiananmen em Pequim reivindicando reformas democráticas e os efeitos da intervenção brutal do governo conduziu a China rumo à liberalização. Os protestos e manifestações contínuos em toda a Alemanha fizeram com que os governos finalmente derrubassem o muro de Berlim entre o Ocidente e o Oriente.  

Estamos à beira de outra revolução, onde iremos tomar medidas internacionais imediatas e decisivas em relação às mudanças climáticas ou ficar presos num futuro em que os impactos como condições meteorológicas extremas, secas, extinção de espécies e subida dos níveis de água do mar irão tornar-se cada vez piores. O movimento pelo clima está a pedir a intervenção dos líderes mundiais para mudarem a economia mundial de combustíveis fósseis para energia limpa. Acreditamos que todos, em todo o mundo, têm o direito a um futuro sem os piores riscos da mudança climática.

E tal como os movimentos do passado, este está a ter uma enorme mobilização das pessoas a nível mundial para espalhar esta mensagem. Embora o movimento pelo clima tenha estado ativo durante anos, a Marcha dos Povos pelo Clima que ocorreu em setembro do ano passado viu 700.000 pessoas em marcha pacífica em todo o mundo, numa escala que criou um verdadeiro ímpeto de mudança.

Os principais ministros do governo aderiram à marcha, juntamente com o Secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon. A marcha influenciou a Cimeira das Nações Unidas no ano seguinte, uma vez que os líderes de todo o mundo apontam a marcha como prova de que as nações precisavam levar mais a sério a agenda climática.

Durante os restantes meses de 2014 e em 2015, o movimento pelo clima continuou a exercer pressão sobre os líderes mundiais e exigiu que as empresas, organizações e instituições desistissem dos combustíveis fósseis. Como resultado, países desde a UE à China, e mesmo os EUA, definiram objetivos de redução de carbono mais agressivos, que eram impensáveis no ano anterior. No mês de dezembro deste ano, Paris irá receber a maior e mais significativa cimeira mundial de mudança climática da década. Esta é mesmo a nossa grande oportunidade de fazer a coisa certa e acordar um conjunto de soluções que envolvam todo o mundo. Mas, de forma a sermos bem sucedidos em Paris, temos de continuar a cultivar o movimento popular climático.

Serão realizadas marchas pelo clima em todo o mundo no mês de novembro deste ano tendo em vista a Cimeira das Nações Unidas a favor do clima em Paris. No ano passado, vimos 700.000 pessoas nas ruas, e os líderes de organização esperam uma participação ainda maior desta vez. Se participou na marcha do ano passado, sabe o quanto é inclusivo, emocionante, divertido e autonomizante fazer parte do que já se tornou num importante ponto de viragem histórico. Se nunca participou numa marcha, este ano será ainda mais fácil participar, com eventos em mais cidades e locais perto de si.

O poder dom povo é a melhor forma de espalhar a nossa mensagem e garantirmos que a mesma é ouvida em todo o mundo. Obtenha mais informações sobre a Marcha dos Povos pelo Clima aqui e responda aqui. Estamos ansiosos por vê-lo nas ruas neste mês de novembro!